terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ministério da Saúde pretende reduzir número de médicos cubanos no Mais Médicos

O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (20), que pretende reduzir em 35% a participação de médicos cubanos no Mais Médicos em três anos. A meta do governo federal é que a quantidade de médicos da ilha caribenha atuando no programa passe de 11,4 mil para 7,4 mil em três anos. Só no primeiro ano, o ministério pretende preencher 2 mil vagas por profissionais brasileiros.


"Agradecemos a disponibilidade dos cubanos em estar nos apoiando mesmo sabendo que nosso objetivo não é manter ‘ad aeternum’ essa cooperação”, afirmou o ministro Ricardo Barros.

 Segundo ele, a vinda dos profissionais cubanos correspondia, desde o princípio, a uma política temporária de saúde, e que a prioridade é contratar profissionais brasileiros. Caso as vagas não sejam preenchidas pelos brasileiros, porém, o programa continuará contratando médicos cubanos.

Barros afirmou que a substituição de médicos cubanos por brasileiros não deve gerar gastos adicionais para o governo porque o valor pago para a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), responsável pelo convênio com Cuba, é o mesmo que será pago aos médicos brasileiros. O convênio com a Opas deve perdurar por mais seis anos pelo menos, segundo o ministro.

Ao todo, existem 11.429 médicos cubanos atuando no Brasil. O número corresponde a 62,6% dos 18.240 médicos participantes no programa Mais Médicos. O índice de profissionais com registro médico brasileiro é de apenas 29%.

 O ministro também anunciou que brasileiros formados em instituições de qualquer país podem trabalhar no Mais Médicos. A regra anterior só permitia inscrição de profissionais vindos de países com índice acima de 1,8 médico por mil habitantes. A expectativa é de que brasileiros formados na Bolívia e no Paraguai, antes impedidos, busquem participar do programa.

 
O Ministério da Saúde anunciou ainda que a bolsa dos profissionais atuando no programa passará a ter reajustes anuais seguindo a inflação. Até o momento, a remuneração ainda não tinha passado por aumentos. Em 2017, a bolsa de cada médico passará de R$ 10.570 para R$ 11.520 (aumento de 8,9%).

 
Segundo Ricardo Barros, o aumento representa impacto de R$ 300 milhões no orçamento de 2017. O gasto com o programa pulará de R$ 2,7 billhões para R$ 3 bilhões.

 
Permanência de cubanos
O governo informou que 4 mil vagas para médicos cubanos serão renovadas ainda neste ano. Eles serão substituídos por outros profissionais cubanos porque venceu o contrato de três anos.

Médicos cubanos que tenham formado família no Brasil podem pedir para ficar por mais três anos. Ao fim do contrato, o profissional estrangeiro só pode continuar exercendo a medicina no Brasil 
se tiver o diploma revalidado.


fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/09/mais-medicos-vai-reduzir-participacao-de-medicos-cubanos-diz-ministerio.html
 
 

 

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